Freud declarou a felicidade como impossível, dizendo que esta é a parte dos desejos sempre crescentes que o individuo deve abandonar para viver em sociedade, sendo a cultura edificada sobre a renúncia dos instintos.
Talvez por isso, esses mesmos instintos tenham sido substituídos por outros não condenados como o consumismo desenfreado, o falatório e julgamento desmedido sobre as acções dos que se aventuram na sua genuinidade, a gula ou o consumo de alcóol.
A opção e escolha parecem-me injustamente postas de lado, condenadas a serem catalogadas como actos de heresia.
Despojemo-nos de falsos pertences, esses materiais que de nada nos servirão em dias de solidão.
Freud dizia que apenas a realização de um desejo infantil é capaz de proporcionar felicidade... Mas e agora? Lembramo-nos dos nossos desejos de infância?
Concluíu, ainda Freud, que a necessidade é conceito biológico e natural e o desejo psíquico e desnaturado. Os dois satisfeitos, não há dúvida, compõem então uma espécie de sensação plena denominada de felicidade.
A afirmação freudiana que diz que “o mundo é movido pela fome e pelo amor” também levanta sérias questões. Somente um pensamento complexo que está por ser inventado poderá dar conta desta questão.
Para Freud, é o desejo que põe em movimento o aparelho psíquico e o orienta segundo a percepção do agradável e do desagradável. A satisfação do desejo traz a felicidade esperada.
Continuo a considerar que o desejo jamais é satisfeito, porque tem origem na falta essencial que habita o ser humano, naquilo que jamais será preenchido e, por isso mesmo o faz sofrer, mas também o impulsiona na procura da realização – ou satisfação parcial – no mundo objectivo.
É preciso, por isso, reconhecer que é na dimensão onírica que o desejo se realiza, por meio do disfarce. Só assim se pode ser feliz. Porque, na dimensão concreta da realidade, jamais se conquista a felicidade. A realidade do mundo, dos acontecimentos e dos factos, frustra a nossa capacidade desejosa de preenchimento ou a sensação de ser feliz.
Portanto, não podemos associar a satisfação das necessidades à felicidade.
Eu estou mais com Kant, que dizia:
“Ninguém me pode obrigar a ser feliz à sua maneira”. I. Kant
Ou se é ou não se é, não acredito em meio termo, estranho conformismo a que se abandonam milhões de pessoas em falta de coragem esbatida pela opinião dos outros...
É questão que nunca terá resposta objectiva. A felicidade não se explica, sente-se!
A Felicidade está dentro de nós e reside na nossa auto-aceitação como pessoas imperfeitas que somos. Perfeita nunca serei, nem mais nem menos que os outros.
Mas orgulhosamente me declaro genuína!
Porquê não sei, mas aqui me tens Mundo!!!!
E eu não tenho vergonha de te dizer que jorra de mim felicidade!
Nunca estive tão pobre...lolol...
Mas caramba, viva a coragem!!!
E sim, estou Feliz como nunca!!!
Venha o amanhã!!!
Respira e Não Pira.
Há 5 anos
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