Verde que chilreia, castanho que pulula, azul que me cobre e laranja que já se despede.
Aqui, cheira-me a paz!
Respiro as ondulações verdejantes e contemplo as pegadas suaves no pasto.
Como é belo este pousio. Que se agitem outras terras enquanto, aqui, florescem as novas cores que já se avistam a desabrochar. O vento balança-me os caracóis com suaves beijos aquecidos pelo sol que se demora mais um pouco em contemplação de menina que o encara de olhos serenamente fechados.
As árvores abrem os braços, despojadas de seus ramos em recente poda, e parecem querer adoptar-me com carinho. As giestas amarelam pelos caminhos e eu sinto o seu cheiro ao calcorrear as vielas de bicicleta.
Cá, neste adro de 1881, descanso as pernas e me despeço do sol de hoje.
Tão simples é a felicidade quanto é a natureza. É deixá-la seguir o seu rumo, aceitá-la com um sorriso nos lábios e respirar a nossa breve existência com sentimento.
Pussos, 23 de Fevereiro de 2009
Respira e Não Pira.
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